Hortas comunitárias: uma tendência que vem mudando o espaço urbano

Seja no telhado de um centro comercial, seja em um antigo aeroporto, as hortas estão se espalhando por grandes cidades. É o caso de Berlim. Cada vez mais, moradores trabalham a terra para cultivar tomates, batatas e… vínculos sociais, em uma cidade onde ainda parece haver espaço para tudo – e para grandes transformações urbanas.

Hortas comunitárias: uma tendência que vem mudando o espaço urbano. foto: reprodução width=

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Alguns agriões esmirrados resistem bravamente às chuvas e aos fortes ventos que varrem as pistas de aterrissagem de um aeroporto fechado em outubro de 2008 e transformado em um amplo parque para os berlinenses. Quando chega o bom tempo, pepinos, aipos e manjericão crescem à sombra dos girassóis nesse jardim comunitário. Recentemente, uma colmeia instalada no meio dos pequenos lotes começou a produzir o primeiro mel a levar o selo do antigo aeroporto de Tempelhof.

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De dia, carrinhos de mão e mangueiras são usados a todo vapor nas matas de ervas aromáticas. Ao anoitecer, amigos brindam com cerveja para celebrar o espírito coletivo e a amizade. “Allmende Kontor” e o vizinho “Rübezahl Garten” são duas das inúmeras hortas que cresceram como grama na capital alemã. No bairro popular de Wedding, uma associação planeja instalar cultivos de cenouras e morangos no telhado de um supermercado local.

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foto: reprodução

“Trata-se de cultivar hortaliças e também de participar de um projeto coletivo, de fazer coisas juntos. É um lugar onde todo mundo participa”, explica Burkhard Schaffitzel, um dos iniciadores do “Rübezahl Garten”. O fenômeno é internacional. Na capital alemã, houve um empurrão muito particular: a reunificação da cidade, após a queda do Muro no final de 1989, que dividiu Berlim por 28 anos. A mudança deixou uma grande quantidade de espaços vazios e abandonados.

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Em Nova York, um projeto de hortas urbanas já nasceu como um negócio social. Em canteiros no topo de dois prédios comerciais nos bairros Queens e Brooklyn são cultivados legumes, verduras, frutas e ervas. As atividades são realizadas por funcionários e voluntários e a produção é vendida para restaurantes locais. A Brooklyn Grange Farm também comercializa uma espécie de “cesta básica orgânica” para famílias que queiram receber os alimentos semanalmente em casa, além de vender a granel em uma feira aos sábados no topo dos prédios.

Brooklyn Grange – A New York Growing Season from Christopher St. John on Vimeo.

De acordo com projeções de especialistas, cerca de 80% da população mundial viverá nas cidades até 2030. Por isso, a ideia de produzir e consumir localmente, difundida nos últimos anos também em Londres, tem movido incentivos por parte da prefeitura de NY, que se comprometeu em criar esquemas que suportam a produção urbana.

Fonte: LA Times e Archdaily

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